Mobilidades e acessibilidades turísticas no Douro em discussão na UTAD

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“Decorreu, a 24 de Maio o seminário ‘Mobilidades e acessibilidades turísticas no Douro’, no âmbito do projeto DOUROTUR – Turismo e Inovação Tecnológica no Douro. O evento serviu, de igual forma, para assinalar a celebração do dia Departamento de Economia, Sociologia e Gestão da UTAD, sob o lema “Turismo Sustentável e Desenvolvimento”.

Os principais objetivos do evento focaram-se, na apresentação e debate das acessibilidades turísticas do destino Douro e também das mobilidades internas dentro do destino. A acessibilidade é um fator essencial da oferta e procura turísticas do destino que condiciona a posição geoestratégica dentro do mercado global do turismo.

A convite da equipa DOUROTUR, coordenada por Xerardo Pereiro, docente e Investigador da UTAD participaram neste seminário representantes de entidades públicas e privadas, dos sectores da mobilidade e/ou do turismo na região do Douro.

Destacaram-se as presenças de Paulo Noronha da CIM Douro, Alexandre Guedes do Turismo Porto e Norte de Portugal, Alberto Tapada da AETUR e  por diversos agentes com operação directa na região duriense, nomeadamente, Pedro Matos da empresa Dourowalk, Mário Correia da empresa Dourototal, Marlene Agostinho da empresa Talent4cruising – Grupo Douroazul, Matilde Costa da empresa Barcadouro), João Maurício da CP e Mário Barata da empresa Rodonorte.

Nos últimos anos a acessibilidade da região do Douro melhorou substancialmente, apesar de subsistirem, ainda, algumas limitações, nomeadamente na qualidade e frequência da linha Porto-Pocinho da CP, a título de exemplo. Todavia, segundo quanto relatado pelos oradores e empresários convidados, a dificuldade maior prende-se atualmente com a mobilidade interna na região, e com a coordenação e disponibilização da oferta de mobilidade local numa plataforma integrada e acessível, para o benefício dos visitantes, mas também dos próprios residentes. Uma maior integração das empresas públicas e privadas poderia facilmente traduzir-se numa maior facilidade de deslocação inter e intrarregional.

Numa região, como a do Douro, cujas fragilidades ecológicas e paisagísticas são evidentes, a questão do impacto ambiental representa uma das preocupações centrais a ter em conta em qualquer estratégia coordenada, que vise melhorar a acessibilidade e a mobilidade interna da região, muito mais quando se pretende incrementar os fluxos turísticos. Por este motivo, foi também salientada a necessidade de uma abordagem holística ao desenvolvimento turístico da região, que sem desconsiderar os fatores económicos, tenha também em conta a sustentabilidade social, cultural e ambiental do destino.

Para uma estratégia tão ambiciosa será necessária uma coordenação e uma articulação entre as forças politicas, empreendedoras e sociais que operam na região, que poderão encontrar, espera-se, no espaço académico, e na UTAD em particular, uma arena supra partes e um know how riquíssimo nas áreas do turismo e da gestão, da avaliação dos efeitos ambientais, e das tecnologias de informação digital.”

Texto retirado de: http://www.utad.pt/vPT/Area2/noticias/Paginas/2017/noticias_maio/mobilidades_acessibilidades_turisticas_douro.aspx